Saudade?

Ivna, Juninho e eu

Num cyber café, na cidade de Santana (Amapá), esperando ansiosamente a manhã de domingo para fazer mais uma prova de concurso público, desta vez, em Macapá. O que realmente me anima é meu pai, que quando ele não está numa cidade fleumática que é Mazagão, está comigo. Mas eu poderia estar agora em outro lugar...

Em Belém, arrumando a mesa da cozinha depois de um almoço com minha irmã Ivna, e tê-la ouvido choramingar saudades da amiga Carol Correa, da prima Karine Gemaque e dos Amiguinhus delas; e esperando a hora de minha mãe ligar dizendo pra eu ir buscá-la na Defensoria. E à noite, me encontrar com os amigos do Point; ouvir todas as cagadas que só acontecem com a Ana Júlia (Julita), adicionar mais um namorado na lista da Sâmia (Samita), saber tudo o que Thiago aprontou (e pedir pra ele tocar violão pra gente), ver a Ana Licy (Baby) sendo zoada por todos, principalmente por Thales. Falando nele, o filho Max Luis deve estar mais lindo ainda! Vou comemorar essa volta na Sacada, ao lado desse paizão e da mamãe caduca, Tany, e dos meus parceiros avós Betania e Eduardo com muita breja!

Cris e Eu

Ou então, eu estaria em Breves, na minha outra casa. Okay, é a casa dos meus tios, mas sei que eles deixam que eu a chame assim. Sei também que nesse horário eu estaria sendo sacaneado pela Enne, seja lá por qual motivo, pois ela adora sacanear com a nossa cara, mas recompensa cozinhando uma pizza deliciosa à noitinha. Ou talvez eu jantaria bife/ frango/ camarão ou com açaí ao lado do meu tio, o Revólver; e ficaria grudado na cadeira batendo altos papos com minha tia Lene e minha amiga Naza, falando bobagens, fofocando, rindo... Obviamente, tem que ser “papo 10”, como diz meu priminho mais elétrico e mais divertido, o Juninho. E a madrugada? Não fico mais de bobeira. Tia Lene me apresentou o Henrique, um primo/ amigo novo que conta cada história hilária que tira todo o meu sono, ahaha!

Sem contar que passaria a tarde na casa da Cris a ouvindo tocar e cantar no violão, preparando um lanche e insistindo pra eu repetir; tomaria uma cerveja na casa de meu tio Preá com a família e me divertindo com as piadas de Wendel, Tati, Luciana e tia Oneide e as presepadas de Letícia e Flavinha. E mais um, dois ou três dias bebendo, ao som de muito rock, se depender do Jackson; além de encontrar, Camila, Nayara, Nil...

O ruim de ficar na casa de meus tios e se despedir deles. Abracei tia Lene, que me desejou tanta coisa boa, mas na hora de agradecer todo o carinho que ela e tio Revólver tiveram comigo e Ivna, travei. Comecei a chorar e não consegui falar mais nada. Tive que enviar uma sms, mas nem por isso as lágrimas cessaram. Cheguei em Santana com vontade de voltar à Breves. Ao menos fui comendo, na lancha, os bejus que a Naza levou para mim no porto.

Agora só me resta fazer uma boa prova nesse concurso do Ministério Público. Se eu vou passar? Sei não. Até porque eu preciso de dinheiro. Também só por isso. pra me tornar, como diria Renato Ruso, "um pássaro novo longe do ninho"...