Resenha: O Espetacular Homem-Aranha: ação, tensão e um bom papo (filme)
Apesar
de eu não ser um grande fã de super-heróis, há dois deles que eu não tenho como
negar a admiração. Um ficou na infância, que, na verdade, era um grupo: os
“Power Rangers”. O outro solta teia pelo pulso, o “Spider Man”, ou o “Homem Aranha”.
Em 2002 a 2007 foi lançada a trilogia do “Spider Man”, com o ator Tobey
Maguire, mas as versões que mais me agradaram foram da franquia “The Amazing
Spider Man”, aqui para o Brasil “O Espetacular Homem-Aranha”, com Andrew Garfield, lançadas em 2012 e em 2014. E motivos por essa preferência há de
sobra.
Sempre
que faço um “zapping” pela TV a cabo e vejo que “The Amazing Spider Man” (TASM)
está sendo exibido eu paro e assisto. Peter Parker é muito mais carismático,
divertido, ágil e até coerente com o ator Andrew Garfield ao outro, Tobey
Maguire, que faz do personagem um cara bobo, ingênuo e sem graça, ou seja,
quase um Victor Victório.
Há duas cenas que me divirto com o primeiro TASM:
quando Peter usa suas teias e sua agilidade de aranha para se defender de um
colega encrenqueiro no colégio, fazendo-o de besta e surpreendo por não ser
mais um “nerd”, assim como na cena em que Peter o vence numa rápida partida de
basketball: hilária. Vale lembrar também de quando o Homem Aranha salva um
garotinho de um carro que está para cair de uma ponte – eu acho que é uma ponte.
Para demonstrar que o menino tinha capacidade e coragem de sair daquela
enrascada, o super-herói tira a sua máscara e dá a ele, para que se sentisse
mais forte. Estimulado pelo herói, o jovenzinho aceita, veste a máscara e é resgatado. E o Homem-Aranha ainda disse que ele o encorajou. Cena bonita de se ver.
No
“TASM 2”, o início logo me chama atenção, não só porque prende a atenção de
quem está assistindo devido a tanta ação e adrenalina, mas pelo modo de como o
Homem-Aranha trata os cidadãos “comuns”. Digo comuns entre aspas porque ele se
faz tão comum quanto os demais ao trocar algumas poucas palavras com eles
durante a correria de tentar salvar a cidade, com humor e simplicidade.
“Aí, você não é um Zé Ninguém, é alguém. Eu preciso de você. Você é meus olhos e ouvidos aqui”, disse o Homem Aranha, tentando animar Max, ao esbarrar com ele na rua. Alguns minutos depois, ele encontra o mesmo Max, porém como Electro, e usa de uma boa conversa para manter o futuro vilão longe da multidão para não machucá-la, ao mesmo tempo em que não o inferiorizava como pessoa, muitos menos ferindo seu ego.
“Aí, você não é um Zé Ninguém, é alguém. Eu preciso de você. Você é meus olhos e ouvidos aqui”, disse o Homem Aranha, tentando animar Max, ao esbarrar com ele na rua. Alguns minutos depois, ele encontra o mesmo Max, porém como Electro, e usa de uma boa conversa para manter o futuro vilão longe da multidão para não machucá-la, ao mesmo tempo em que não o inferiorizava como pessoa, muitos menos ferindo seu ego.
“Eu
sei que você não queria estar aqui, sei que você está assustado, sei que você
não quer assustar ninguém”, disse o Homem Aranha ao Electro, tentando acalmá-lo. “Ei gente, esse é
o meu Max, já falei pra você vocês do Max”, mentiu, para mostrar ao confuso vilão
que poderia confiar nele. “Não atirem no Max”, pediu, com segurança e
jovialidade. Ou seja, uma tática de psicologia inversa. Espertinho, o Garoto.
Palavra
é dívida, no caso de Peter Parker. Ele mostra que sabe cumprir promessa e tenta
se afastar da bela e interessante namorada Gwen Stacy (Emma Stone), porém para
não ficar por baixo, ela mesma termina o namoro. Espertinha também. Um sentimento
que (ainda) valorizo muito é a amizade, é no segundo longa-metragem Peter
reencontra seu amigo Harry Osborn (Dane Dehaan), que há muito não se falavam. Acho
bonito vê-lo tentando reatar uma antiga amizade e, melhor, obter sucesso. Senti
que essa cena foi meio que uma indireta para mim (?).
Em suma, o segundo
longa-metragem é ainda mais intenso, agoniante, emocionante que o primeiro, de
modo que havia cenas que temia que meu coração fosse sair pela boca. O
Espetacular Homem Aranha 1 e 2 são fodásticos, na verdade, pela ação e por toda
a simpática do intérprete principal. E eu espero, sinceramente, que o Thiago
Veiga tenha apreciado esse modesto texto, o qual foi produzido em homenagem ao
aniversário dele: 15 de dezembro, hoje. Parabéns, mano!
Comentários
Está aí um ponto no qual discordamos, eu gostei mais da trilogia com o Tobey Maguire hehehehe. Achei os personagens mais reais, em situações mais envolventes. Claro que fazer um novo filme com uma versão tão recente assim - 2007, ano de lançamento da última parte da trilogia com Maguire, foi há apenas 5 anos antes do Amazing Spider Man - impede um pouco a liberdade criativa do diretor, que deve mudar muitas cenas e diálogos para não "imitar" a versão anterior. Por isso digo que cenas, diálogos e situações da primeira trilogia ficaram melhores e fizeram a diferença. Como esquecer de "com grandes poderes, vem grandes responsabilidades", o beijo invertido debaixo da chuva, o primeiro disfarce do Homem-Aranha? Hehehe. Mas Amazing Spider Man tem seu valor, isso eu reconheço e valorizo. A tecnologia foi muito bem empregada no filme, tanto no enredo quanto nos efeitos especiais, e isso ficou realmente incrível.
Mas Gwen nem de longe tem o mesmo charme ruivo e espontâneo que Mary Jane, desculpa ae hehehe.
Curti bastante o tema dessa postagem, aguardando ansioso novas postagens sobre grandes filmes como esse.