Crônica: O seu próprio céu.
Não adianta.
As pessoas mudam.
Todos nós mudamos.
Não há como ser o mesmo sempre. Pois nem o
“sempre” realmente existe. Sabe-se lá quem o inventou. Também não sei quem
inventou o “nunca”. Só sei que esses dois são fictícios. São ilusões criadas
apenas pra nos confundir. Pra nos amedrontar. Ao contrário do “talvez”, que
veio para te deixar com uma pulga atrás da orelha. Pra te questionar. Pra te
silenciar. Pra vociferar. Até que tu consigas... Te desafiar.
O maior desafio é perceber que as mudanças
existem. Arrisco dizer que elas chegam pra todos. Em uns, as mudanças são
transparentes. Em uns, as mudanças são invisíveis. São invisíveis sendo
transparentes.
Alguns se permitem mudar. Alguns evitam
mudar... Porém quando menos se espera... O céu não é mais o mesmo. O teu admirar
o céu não é mais o mesmo. Até porque, o céu não acolhe as mesmas nuvens. Nem
o mesmo vento. Nem o mesmo sol... Nem a mesma lua... Assim como as árvores não se cobrem da mesmas folhas. Do mesmo verde. Assim como nem toda árvore alcança o céu. Mas é preciso tentar...
As mudanças surgem, mas não surgem do nada.
Não sem algum motivo.
Elas surgem porque precisam surgir. Porque
nosso corpo exige. Nossa vida exige. Porque o ar que nos veste exige. Porque
àquele que nos abraça exige. Mas principalmente porque àquele que nos pisa...
Ah, sim, há quem nos pise. Uma pisada feia. Brusca. Gradual. Dolorida. E isso
exige mudanças.
Precisamos mudar. Pra nos conhecer. Pra
crescer. Pra se surpreender. Pra se refazermos. Pra se levantar. Pra se debater.
Pra abrir os olhos. Pra outros olhares. Pra outros céus.
Porque “sempre” haverá mudanças. Ao contrário
das pessoas, as mudanças “nunca” te abandonarão. Na verdade, nem todas as
pessoas te abandonam. Elas apenas seguem... Seguem a própria mudança.
Portanto, não se abandone. Mude. Permita-se
mudar.
Mude como o céu, que não é o mesmo para
ninguém.
Mude. E seja seu próprio céu.
Comentários
Sejamos nosso próprio céu ❤️