Homenagem: As canções para a aniversariante

Hey, seus lindos! Acho que é a primeira vez que uso essa expressão em uma postagem aqui no “Outras Palavras”. Mas o dia de hoje é especial e não vejo motivos para formalidade. Afinal, hoje, 10 de setembro, é o aniversário da Zeneide Almeida, minha mãe. Embora ela não seja leitora do blog, minha mãe merece uma homenagem, já que meu (bom) gosto musical e meu prazer pela leitura, que são as temáticas abordadas aqui, foram por influência dela. E não dá pra esquecer que nesses anos todos ela me presenteou com amor, carinho, companheirismo, dedicação, risadas, paciência e, claro, broncas. A Dra. Zeneide, assim como eu, só trabalha/ lava a louça/ se arruma ouvindo música, na rádio ou em CD, do pop internacional (anos 90 pra baixo) ou dos clássicos da nossa MPB. E há dois desses clássicos que ela se emociona logo quando os ouve tocar: “Caminhos de sol” e “Viver e reviver”, interpretadas por Zizi Possi e Gal Costa, respectivamente.

Composta por Herman Torres e Salgado Maranhão, “Caminhos de sol”[1] foi gravada por Zizi Possi em 1981, no seu LP “Um minuto a mais” e em 1994 nasceu a versão do grupo Yahoo, fazendo parte da trilha sonora da novela “A viagem”, da Rede Globo, no mesmo ano. Porém, a interpretação mais marcante e mais bonita é de Zizi Possi (vídeo ao lado), que trouxe sutileza e delicadeza incomparáveis para a canção, além do melancólico instrumental que a acompanha, de nos encantar ainda nos acordes iniciais. A letra retrata o amor, o quão o personagem valoriza a pessoa amada ao seu lado e é perceptível entender que mesmo que eles fiquem por um longo período longe um do outro, “o tempo não varreu” esse sentimento dele. É uma das músicas nacionais favoritas da mamãe, dessas que ela fecha os olhos e viaja... E eu só me lembro dela ao ouvir “Caminhos de sol”.

“Where, there and everyone”[2] é uma música composta por Lennon e McCartney, do álbum “Revolver”, de 1966, dos Beatles e ganhou uma versão brasileira, de Fausto Nilo, na voz de Gal Costa, com o título “Viver e reviver” do álbum “Lua de mel como o diabo gosta”, de 1988 (vídeo ao lado). Essa regravação, que no mesmo ano foi inclusa na trilha sonora da novela “Bebê a bordo”, também da Rede Globo, pode não ser um dos maiores sucessos de Gal Costa, porém indubitavelmente é uma das canções mais belas e, também, mais tristes da nossa MPB, com a interpretação ímpar da baiana. Tem, obviamente, uma letra que transborda romantismo e sensibilidade, ensinando-nos que “ninguém pode esquecer que o amor é livre, não morre jamais”, basta revivê-lo. E eu tenho quase certeza que por ser outra música que mamãe tanto ama ouvir, ela deve se lembrar de algum amor do passado... Será?

A aniversariante de hoje me ensinou, sem perceber, a importância da música e da leitura em nossas vidas, e de sorrir mesmo nas horas mais ingratas (qualquer coisa é só comprar um chocolate). Ela merece tudo de melhor que se possa desejar a alguém, por ser uma mulher de tanta alegria, perseverança, garra, talento e coragem, com suas qualidades e defeitos, de personalidade forte e muita fé. A cada dia que passa eu agradeço a Deus pela mãe que tenho, porque o que ela faz por mim e pela minha irmã vai além do que se possa imaginar. E como diz “Caminhos de Sol”: “o amor faz parte de tudo o que nos guiou” e um dia, se Deus quiser, vou trilhar meu caminho, serei um escritor renomado e vou enchê-la de presentes caros, haha! Mas por enquanto fico nessa minha humilde homenagem a essa mulher incrível e só o que eu posso dizer é: Mãe, obrigado por tudo e feliz aniversário!

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[1] Letra: http://letras.mus.br/zizi-possi/49440/

[2] Letra: http://letras.mus.br/gal-costa/258418/