Crônica: O Sarau (da Escola Augusto Meira)
revisão textual
Marina Beatrice
A diretora Catarina
Labouré introduziu o sarau e o professor Fernando Rocha, aniversariante de hoje, foi o mediador. A professora
Cleide respondia O que é poesia? citando Mario Quintana, Augusto dos Anjos e
outros grandes poetas; a professora Edna Lemos viajava na eloquência ao
explanar sobre música e dança, encerrando com Dia Branco, do Geraldo Azevedo, porém o que me surpreendeu e
alegrou foi a capacidade poética e musical de alguns alunos. Roge Weslen, do 1º
ano, que também está no berço, por exemplo, lançou, junto com outros poetas brasileiros, o
livro Derivantes Delirantes,
resultado de uma página do facebook. A criação dele é voraz, objetiva e das mais contemporâneas. Um dos poemas dele está no finalzinho
dessa crônica. Outra aluna que leu um de seus poemas foi Yane, do 1º ano, e tocou Na sua estante, da Pitty. Vocês já devem imaginar o quão eu estava
empolgado, né?
No sarau, tive a
oportunidade de contar um pouco de como publiquei o Inseparáveis e ouvir na voz dos estudantes dois dos meus poemas: Chore e Escrevo.
Respondi algumas perguntas do professor Fernando - me veio uma nostalgia ao lembrar que escrevi meu primeiro poema quando eu ainda morava em Breves, no Ensino Médio, e a partir daí vieram os versos mais bobos de um adolescente apaixonado - e me embebedei de conhecimento
artístico com profissionais da área da educação que mal conheço, mas já admiro e me inspiro pra caramba. O interesse
dos estudantes pela poesia também me instigou a escrever mais e mais. A arte de educar está arranhada no meu corpo, tô percebendo isso aos poucos. E no fim,
alguns alunos vieram sorridentes até mim com um único intuito:
pedir um autógrafo.
- Você poderia nos
dar um autógrafo? - perguntou Júlia, uma aluna do 1º ano que também está aniversariando hoje,
segurando o papel com os meus dois poemas. – Nós adoramos os teus poemas e queríamos
que você autografasse aqui pra gente.
Não foi a primeira vez que divulguei meu trabalho em uma escola. Na Escola Manuela Freitas ministrei oficinas e palestras, acho até que eles já estão cansados da minha belíssima cara. Assim como na Augusto Meira, tive uma recepção calorosa e revigorante; e esse
reconhecimento é o que me move nas minhas criações, sejam contos, poemas ou outros gêneros textuais. Espero que esses jovens alunos cresçam e espalhem toda a sua bagagem cultural a esse
mundo tão necessitado. E agradeço ao meu amigo Flávio, mais uma vez, pelo
convite pra participar do I CEARTE. Foi um presentaço!
“à m.
Lembrando seus delírios,
Já separados, satisfeitos e
Distantes, algum vento
Fala do que um dia foi alegria
Em nós, e você diz convicta
Pensando em novas ilusões
Que coisa brega essa de
Amo correspondido”
Roge Weslen
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Comentários
Fico feliz em ver essas noticias de escolas que incentivam os alunos a fazerem sarais, ler poesias, apreciar musicas. tudo isso é muito importante para esses jovens.
Marina.
Sabe a alegria q eu sinto vendo essa carinha de felicidade estampada nas fotos?
Me sinto mt contente em te ver se realizando assim, Victão. Tudo de bom pra vc, tudo de bom pra nós! :)