Um casal de músicos?





A capa era o casal andando na rua, com um violão encapado no colo do rapaz. O violão e o fato de estar na prateleira de vencedores do Óscar de Melhor Canção Original de 2007 foram os motivos que me levaram a locar o filme “Once” (Mais uma vez). Eu só esperava que envolvesse música, obviamente, e um pouco de drama. Mas vai muito além disso.
“Once”, escrito e dirigido por John Carter, é um filme musical irlandês, com uma história e ritmo leves. Os protagonistas, vividos por Glen Hansard e Markéta Irglova, se conhecem quase que ocasionalmente e descobrem que há algo em comum entre eles: são músicos. Ela vende rosas pelas ruas, tem uma filha e toca piano, hora ou outra, em uma loja de instrumentos musicais. Ele é ajudante de marceneiro e, nas horas vagas, toca violão nas ruas para ganhar uns trocados. Ambos se unem para realizar o grande sonho de lançar um CD.
O enredo é leve, leve, leve, leve. As canções, que, com exceção de uma, são dos próprios atores, enquadram exatamente na história dos personagens e no contexto como um todo. No entanto, nos meados do filme o que se entende é que há mais musica que drama. Não estou dizendo que os personagens cantam por bobagens, como em alguns musicais jovens que lançam por aí, mas sim que as canções entram porque devem entrar, faz parte do enredo, presente em boa parte das cenas. O enredo, aliás, não foi deixado de lado, como se poderia pensar, por parecer mais musical. O final do longa-metragem, por exemplo, é surpreendente para uns. Você pode aceitar ou não. Mas é digno, justo e coerente.
Logo de início, o filme já nos prega um ataque de romantismo, com ele e ela interpretando a belíssima canção “Falling slowly”. Eu, sinceramente, acho difícil não se apaixonar por ela. A mais agitada de todas é “Fallen from the skay”, com um gingado contagiante, que lembra muito mais um ensaio de uma banda comum que uma cena de um filme. “Once”, por si só, é estonteante. Por horas, mais música do que filme, de fato, porém, escancara um enredo pé no chão, o que esporadicamente se assiste. Tente assistir, apenas uma vez.


Comentários

Música e cinema, como não se apaixonar por essa fusão?
Mas primeiramente vamos analisar sua estética.
Você deu uma introdução básica sobre sua experiência com o filme, suas impressões iniciais, em seguida analisa a película em si.
Interessante você falar sobre jovens que começam a cantar sem motivo em muitos musicais por aí... Hauhuahuahuahaa... High School Musical? Hehehe.

Fiquei muito interessado em assistir Once, apesar de não ser nem um pouco fã de Dramas. Mas as músicas devem ser bonitas, como você analisou, e trilhas sonoras me interessam bastante ^^

Fiquei curioso para assisti-lo, apesar de ter um pouco de reservas em relação a esse filme, não somente por ser Drama - Mas sua música não merecia ter ganho o Oscar em 2007. Encantada tinha músicas mais bonitas. So Close, então, é perfeita.

Parabéns pelo texto, há algum tempo você já encontrou a fórmula certa para escrever um excelente post, informativo, interessante e estilisticamente agradável.
^^

Abraçossss
Cris Freitas disse…
Agora tô louca para assistir ao flime...! Sem falar que já sou apaixonada pela música:“Fallen from the skay”... *-* Adorei o texto mano...! Concordo com Thiago "James", gostei de você ter falado sobre esses filmes musicais onde os jovens começam a cantar e dançar do nada... rsrsrsrs...! Particularmente esses filmes com musicais são um tédio! Beijo mano! Parabéns!

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