Resenha: Tensão absoluta n"A torre acima do véu" (livro)

“A torre acima do véu” me chamou atenção por dois motivos imediatos: vi a autora, Roberta Spindler, uma jovem paraense, distribuindo autógrafos na livraria que trabalhei (por um mísero mês)  com a maior simpatia e li a sinopse da história, um tipo de ficção que muito me atrai. Um texto rico, com personagens e um mistério fascinante, que vai além daquilo que se vê em séries de zumbis, por exemplo. É também um enredo cheio de informações importantes para o seu desenvolvimento. Portanto, fique atento.
O primeiro capítulo já rapta o leitor, de vez, para a história. Várias cidades do mundo todo estão em desespero, com mortes e doenças por todos os lados em decorrência de uma misteriosa Névoa. Muitos cidadãos tentam subir em um dos megaedifícios, onde é um dos poucos locais que escapam de ser atingidos por esse ataque. Porém, não conseguem. E, mais de cinquenta anos mais tarde, uma pequena porcentagem sobreviveu à Névoa sem sofrer nenhum dano e se encontravam nos tais megaedifícios.
Os humanos que foram atingidos pela Névoa se transformaram em Sombras ou em algo muito pior. Já os que tiveram a sorte de não sofrer nenhum tipo de contaminação ficaram na cidade Rio-Aires, a qual é controlada por um tipo de governo chamado Torre. Ele manda e desmanda nas pessoas, além de protegê-la dos seres infectados e tentar descobrir a causa da Névoa com seus apetrechos tecnológicos. Quem fez parte dessa operação de, por exemplo, catar objetos misteriosos que podem trazer algum tipo de explicação, é Rebeca, ou Beca, a personagem principal do "A torre acima do véu".
Viver num mundo em que a humanidade está praticamente em extinção fez com que Rebeca não seja a mais doce das mulheres, mas a coragem e a determinação são as principais características dela; mesmo sendo um tipo durina, expressa muito bem os sentimentos quando se trata da família. Mas o meu favorito é Rato, que adora provocar a protagonista. Irônico, sarcástico e não cansa de flertá-la. Ele pode não ser, de fato, um vilão, contudo não é um grande exemplo de bom caráter. Ele, na minha opinião, retrata como muitas pessoas são na vida real: humanas, cheio de defeitos, contudo exibem suas qualidades nas melhores horas.
A história se passa, em suma, através da personalidade forte de Beca, que enfrentará tudo e a todos quando descobre que há um meio de salvar uma das pessoas mais importantes da vida dela. “A torre acima do véu” é escrita em terceira pessoa, com uso maior de descrição e pouquíssimos diálogos, que mostra que se o leitor não estiver atento a cada palavra, ele irá perder fatos cruciais para o desenrolar da história. Se tudo der certo, essa semana matarei a minha curiosidade sobre este livro com a própria autora, Roberta Spindler e trarei aqui para o Outras Palavras uma entrevista feita com ela. Enquanto isso, lê-lo é uma boa ideia... 

Comentários

R.M. Owl disse…
Só acho q ela juntou dois filmes ai e fez um livro. Rsrs
Texto bastante interessante e bem escrito, que desperta o interesse na obra analisada. Onde compro essa obra? Vou correndo atrás! A vantagem de acompanhar seu blog é que eu sempre leio/escuto tudo o que você sugere aqui e nunca me arrependo. Bom gosto é uma arte, ter sucesso faz parte ;) Tudo de bom Victooor!

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