Pessoal: breves vinte e três dias de férias.

Seria mentira se eu dissesse que esses meus vinte e três dias de férias foram perfeitos. Primeiramente, porque nada é perfeito; segundamente, porque eu não suporto despedidas. Porém, passar desde o dia 11/ 07 ao dia 03/ 08 ao lado do meu pai, o Tita Gama, e dos meus familiares e amigos foi revigorante. Sair da rotina, na verdade. E essa fuga da rotina começou logo que chegamos em Breves, pois Ivna e eu mudamos a rota e não nos hospedamos na casa de tios, mas, juntos com o papai,  estávamos "parando", como dizem os brevenses, na casa da família do meu amigo de infância, Rodrigo Marques. No início, foi um pouco estranho, mas logo nos sentimos de casa. E todos os instantes dessas férias foram muito bem aproveitados.

FÉRIAS TRIPLAS - Não somente Ivna e eu estávamos de férias, mas o nosso pai também. Tita trabalha há sete anos em uma empresa de hortifrúti, mas só agora, depois de muito sacrifício, conseguiu férias decentes, de exatos quinze dias. E olhe lá! Isso porque Ivna teve que ajudá-lo em uma mentirinha básica: que iriamos viajar pra Belém de avião, e com outra data. Tudo para que os patrões não pensassem que ele ainda estava em Santana. Mas, mentiras sinceras não fazem mal algum. E nós dois o curtimos em Santana e em Breves.

FESTAS - Tita brincava: “Vou mandar uma rede pra tu dormires lá na A3. Tu não sai de lá!”. De fato, de sete festas que eu frequentei em Breves, cinco foram na boate A3 e as outras duas no Canecão, e mais o carnaval fora de época. Curti de tudo (incluindo em Santana): pop rock, sertanejo, forró, samba, pagode, axé e MPB. E a balada de dezoito anos (na A3) da irmã do meu amigo Igor Gonçalves. Sem contar os encontros ou farrinhas em casa de amigos, como a tarde na casa da minha amigairmã Cris Freitas ou a noitada com muita vodca na casa da minha amiga Rayane Pinheiro. E tudo isso sem uma gota de álcool.

SEM ÁLCOOL - Por mais increça que parível, como diz meu amigoirmão Jackson Pastana, me diverti sem uma gotícula de cerveja, pois o meu tratamento contra a tuberculose (que se encerra hoje) não me permite tais regalias. E percebi que é possível curtir sem ingerir bebida alcoólica, embora seja bastante tentador. Por onde eu andava tinha um copo de cerveja, vinho, caipirinha... Mas, como eu falei, eu pirava o cabeção nas festas assim mesmo. Tanto é que, no fim do show da Major Lock com a banda Mística, no bar da A3, um cara, já bêbado, me olhou com seriedade e perguntou:
- Tu tava usando drogas, não tava?
- Não. – respondi, surpreso, segurando uma garrafinha de água.
- Fumou um baseado ou tomou todas?
- Também não. - bebendo a água.
- Cara, tu tava que nem doooooido o show todinho. Não acredito que tu tá sóbrio. É sério isso?”.
- É sim. Não bebo desde janeiro. 
- É a música. Ela entorpece a gente. – concluiu um outro cara, ao nosso lado.

MÚSICA – Ela é entorpecente. Essa foi a melhor resposta. A música foi minha grande parceira nesses dias, e em vários gêneros musicais. E em em Breves quase todos os músicos eram meus amigos ou colegas, e na plateia eu também estava na companhia de amigos, colegas, parentes, vizinhos, (ex) professores... Contudo, a banda que mais me empolgou foi a Major Lock. Há exatamente um ano ela havia retornado com seu pop rock, agora com repertório internacional, e com outra formação (em ordem alfabética): Jackson Pastana (guitarra), Marvin Miranda (teclados) Miagi Junior (baixo), Netinho Alcântara (bateria) e Sinara Costa (vocal). E eles estavam ainda melhores, em comparação ao ano passado, com destaque para Netinho e Sinara, por serem os mais novos na banda e na música como um todo. Ambos evoluíram bastante, apesar de que a vocalista pode ser muito melhor do que ela é. Potencial já tem, com mais um pouco de dedicação, ela vai arrebentar!

 DETALHES – Sabe aqueles momentos simples, meio bobos, que a gente passa com nossos amigos e familiares? Pois é, já tô sentindo falta. Daquele dia em que você chega na casa de seus tios, e eles estão ouvindo música alta, tomando cerveja e seu tio, todo alegre, põe uma música e pergunta se você sabe quem canta e fica todo feliz por você saber o artista; ou de quando você chega na casa de outros tios apenas para fazer uma visita e acaba almoçando e tomando café da tarde, vendo a sua tia caducar com a neta de quase um ano de idade; ou quando você marca um almoço na casa de sua prima e, junto com seu pai e irmã, é recebido com um enorme banquete e a família não poupa histórias e piadas; ou da tarde em que você passa com sua melhor amiga nos fundos da casa dela somente ouvindo música, jogando conversa fora e fazendo altas poses para a lente da câmera do celular; ou quando você é “raptado” pelo seu melhor amigo para assistir a passagem de som da banda em que ele toca ou morre de rir dele e de seu pai juntos, que contam uma potoca atrás da outra; ou quando você vê sua irmã e a melhor amiga dela abraçadas, dizendo "owwn amiga, te amo", sem parar; ou quando você brinca de "adedonha" com um grupo de amigos e percebe que sua amiga só conseguiu preencher lacuna "Nome" porque ela precisa de tempo para pensar; ou quando você é presenteado por uma unhada no nariz de uma garota em pleno carnaval fora de época, o nariz sangra, fica marca e a menina nem lembra que o agatanhou. Ou disso ou daquilo. Ou do simples fato de você querer avançar no tempo e viver novos dias como esses.

Mas, enquanto esses dias não chegam, eu me despeço: até “breve!”.

Comentários

Thyago Santos disse…
Ô férias boas. rsrs
to rindo muito do cara que achava que você tava drogado.


Ele não conheeece mesmo o Victor. kkk
Thiago Cruz disse…
Te ouvir (ou melhor, ler) falar de Breves eh gostoso pq conseguimos sentir todos os seus sentimentos pela cidade e pelas pessoas que lá vivem. Afinal de contas, Breves eh parte de ti. Muito legal conhecer a cidade através de vc. Que venham mais férias incríveis como essa, e mais relatos empolgantes. Ah, fiquei muito feliz em saber da diversão sem álcool, e espero q vc repita a atitude outras vezes (não custa nada sonhar, neh? kkkkk). Abração o/

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