Poema: Susto
Os segundos são uma eternidade
As besteiras não passam de besteiras
E todo trabalho árduo, para eles, é pura bobagem.
Um susto, em que a vida e a morte correram juntas
A calma ficou presa, amarrada numa coleira
E a importância que eles dão a vida? Nenhuma.
Tantos por ali já foram e não voltaram
Deixaram o mundo inteiro pra trás
E com um futuro próspero não se encantaram
Ainda há horas em que bate o desespero
E por alguns instantes já não sei o que é paz
E tentar sorrir à toa é o meu único segredo
Mas já passou e, por benção divina, nós estamos aqui
Agradeço aos céus, pois é como reiniciar um jogo
E saber que nada é tão complicado ou tão simples
assim
A vida segue, o medo permanece, mas é difícil
entender
Que nossas vidas se perdem num estalo, um único alvoroço
Mas não dá pra parar, porque no fim, só nos resta
viver.
Sorrir, comer um doce para disfarçar a amargura
Ouvir uma canção para fortalecer esse sorriso
E cantarolar, mesmo que você não tenha ritmo
Porque, tente acreditar: a vida é uma belezura.
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Cris Acioli