Ranking: "5 Músicas Brasileiras Sobre Superação"/ O melhor para 2016

Hey, 2015 tá dizendo #partiu! 
2015 foi o ano em que eu me senti desafiado diante de tantos novos trabalhos acadêmicos e quase "levo o farelo" ainda no primeiro semestre, dessa vez em Letras, na UFPA (Universidade Federal do Pará). Foi o ano em que a minha irmã e eu deixamos nosso pai maluquinho durante as férias de julho em Santana e em Breves. Quando, também, eu mais li, mais amadureci e me diversifiquei na minha escrita, dentro e fora do "Outras Palavras", recebendo o melhor resultado: o carinho e aprovação dos leitores. Também foi o período em que solidifiquei amizades antigas e conquistei novas (e uma Papai Do Céu quis ao seu lado). Ano em que mais caduquei com meu sobrinho/ afilhado Max; mais bebi e me diverti com o Sunshine; que conheci “nerds loucos” e “poetas mortos” brevenses; que relembrei como é ficar na fossa (e não é bacana) e dei conselhos amorosos mesmo sem respaldo algum no assunto; e foi em janeiro desse ano que iniciei o tratamento contra a maldita da tuberculose, encerrando-se em agosto. Na verdade, a "tb", no meu caso, nem é tão maldita assim, pois essa doença me deu a chance de crescer como pessoa, e me mostrou quem realmente se importa comigo, quem posso chamar de família e amigos e, principalmente, que minha mãe é foda, no melhor dos sentidos! Foi, por fim, em 2015 que aprendi a superar dificuldades e sei que qualquer pessoa, quando quer, também tem a capacidade para enfrentar qualquer obstáculo.  
Com essa temática engatada que lanço o ranking musical de hoje: “5 Músicas Brasileiras Sobre Superação”.


1. Tente Outra Vez (1975) é um clássico do Raul Seixas, em parceria com Paulo Coelho e Marcelo Motta, que já foi gravada, também, por Barão Vermelho, Fábio Jr, Chitãozinho e Xororó, Liah Soares, Sandra de Sá e tantos outros. De todas, é a canção que mais argumenta para que você não se entregue ao fracasso e enfrente o que vier, tendo “fé em Deus, e fé na vida”, tentando e tentando, independente do resultado. A melodia é quase gritante, enfurecida, em que só o personagem pode transmitir a agonia de buscar algo para se fortalecer. A letra nos reforça que para nós alcançarmos nossos sonhos e metas “basta ser sincero e desejar profundo e você será capaz de sacudir o mundo”. Nós só saberemos do resultado, se será bom ou não, se tentarmos. Acredite, é melhor tentar, tentar e tentar, até conseguir do que não tentar e se arrepender depois. Afinal, é de batalhas que se vive a vida. (Veja a letra aqui)


2. Mais Uma Vez (2003), de Renato Russo e Flávio Venturini, é quase uma continuação de Tente Outra Vez. Ela, que já foi gravada separadamente pelos dois autores, pela banda Rosa de Saron e por Detonautas, nos ensina que nunca devemos perder a esperança, metaforizando-a com o sol, alegando que o astro rei “vai voltar amanhã”, ou seja, que a esperança nunca morre. E mais do que isso, nos alerta para as pessoas que estão ao nosso redor, que nem todas são amigas e confiáveis, que não sabem realmente amar ao próximo e o melhor a fazer é “confiar em si mesmo” e não se deixar contaminar com a opinião alheia, sobretudo quando negativa. Os versos mais fortes e diretos estão no final, com um dos conselhos mais francos e realistas que se pode ouvir de alguém: “Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem/ ou que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém”. (Veja a letra aqui)


3. Festa (2014) (Ivo Mozart, Pablo Dominguez, Di Ferrero) é interpretada por Ivo Mozart, que fez parte da banda Pollo, com participação de Nx Zero. Com uma levada pop, a letra é um pouco mais descontraída que as outras, nos convidando a aproveitar a festa proposta pelo personagem e esquecer os momentos ruins, ao menos naquele instante. A canção tem um tom quase oral (como Vagalumes, sucesso da banda Pollo), de quem também conversa e aconselha o ouvinte a ser feliz, sorrir e acreditar, ter fé para enfrentar “nossos medos e as sensações e nossos sonhos movem corações”. Para o autor, e eu também concordo, a alegria pode enfrentar qualquer barreira, “quando a gente erra é pra aprender” e temos que priorizar as nossas qualidades, o que há de bom em nós, para que nossos erros e defeitos não nos enfraqueçam. No fim, se a hora é de curtir, então curta. Nós fazemos a nossa própria festa quando enfrentamos nossos problemas. (Veja a letra aqui)


4. Sorri (1936) (Smile – Charles Chaplin / Geofrey Parsons / John Turner - Versão: Braguinha) já foi registrada por Djavan, Fábio Jr e Nana Caymmi. A melodia é um pouco triste, com uma letra curta e basicamente nos pede que saibamos abrir um sincero sorriso, ainda que estejamos passando por dias nada legais, pois não devemos esquecer que a felicidade ainda será um refúgio para tudo. É preciso que seja forte e não permitir que a tristeza nos abale, e sorrir “quando o sol perder a luz, e sentires uma cruz nos teus ombros cansados, doridos”. Na verdade, a letra vai além disso, justamente por ser uma obra de Charles Chaplin, do filme Tempos Modernos, cantada por Nat King Cole e Michael Jackson, a qual se foi criada num período em Chaplin perdia a guarda de seu filho e ainda assim, sua obra se resume nisso: anime-se e sorria, pois o sorriso o ajuda a derrotar nosso baixo astral e enxergar um futuro digno.  (Veja a letra aqui)

5. Desisti de desistir (2014) - é uma das canções retiradas do CD que vem junto com o livro “Mais uma chance”, de Gutti Mendonça e Federico Devitto. Enquanto eu sofria com a máscara na cara e o pulmão pedindo arrego em decorrência da tuberculose, eu ouvia essa música para que a sua letra motivadora me fortalecesse e deu mais que certo. Cada vez que me batia a fraqueza e o desanimo, eu lembrava de como os personagens da história tiraram algo de bom e um aprendizado com seus tropeços e que “a vida é curta pra se perder, nada passa de um improviso”. “Desisti de desistir” é de autoria dos escritores e do ator e músico João Cortês, que a interpreta no CD. Vou deixar a letra logo abaixo para que vocês reflitam sozinhos e a levem não somente nesse ano de 2016 que tá entrando, mas por todas as manhãs e noites de seus dias.
Meu xará Vitor Gama, que conheci esse ano, pediu-me uma canção que tratasse de uma temática positiva, que nos dessa uma lição de vida. Enviei a ele “Desisti e desistir”, e espero que ele, assim como todos os meus leitores, se debruce na mensagem dela (e de todas as outras canções citadas aqui) para aprender a encarar os dias mais claros e tempestuosos que a vida nos mandar. E, pra encerrar, duas coisas: agradeço a todos vocês que se deram o trabalho de ler, comentar e compartilhar meus contos, poemas, resenhas, entrevistas e demais textos e que vocês se joguem em 2016 com saúde, garra, sorrindo pra tristeza, mandando-a ir à merda, para que vocês sejam mais fortes que ela e estejam de cabeça erguida, procurando sempre algo para seu revigoramento e alegria. Pois como diz a canção, desista e desistir!
Agora vou curtir Breves mais um pouco. 
Novos textos a partir do dia 06/01/16.
E um feliz ano novo a todos!

Desisti de desistir (Livro “Mais uma chance”)

“Se sofrer ou se o tempo fechar
Volte sempre a sorrir
Se despeça da tristeza, deixa ela ir

Não leve nada que te faça entristecer
Traz de volta esse sorriso
A vida é muito pra se perder
 nada passa de improviso

Só você pode fazer dar certo
Não pare de sonhar
Se parecer que tá sem saída
A noite sempre encontra o dia

Não leve nada que te faça entristecer
Traz de volta esse sorriso
A vida é muito pra se perder nada passa de improviso

Não se desespere nem se apavore, não
Um dia o prêmio vem, mesmo que demore
E é verdade que eu quase cansei
Mas eu desisti de desistir


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