Pessoal: Um refúgio brevense

Breves é um refúgio. Quando as minhas baterias estão fracas, quase sem carga, sinto que só mesmo essa cidade da Ilha do Marajó para me energizar. Mas, em primeiro lugar, eu queria e consegui passar mais tempo com meus familiares e amigos, e estar ao lado deles no Natal e na virada de ano. Na verdade, o tempo ideal para minhas férias em Breves seria de pelo menos um mês, para eu reviver bons momentos junto a todos. Dez dias é pouco, mas quem me procura, acha.

Na última vez que Ivna e eu fomos à Breves, em Julho de 2015, nos instalamos na casa do meu amigo Rodrigo Marques (o Corujão, que estudou comigo nos tempos de Pixurão), já que a mãe dele, tia Sandra Pena, e meu pai, o Tita Gama, estão, como ele diz, “paquerando”. Mas dessa vez voltamos a ficar na casa de tios, nesse caso, da minha tia Rose Almeida. Uma casa que, diferente da minha, está sempre movimentada. Sempre tem um tio ou primo meu entrando e saindo, comendo ou falando bobagens, porém, eram os netos  dela (Bela, Alice, Gutinho e Ariella) que alegravam ainda mais o ambiente. “Tio, bora brincar! Bora brincar!” era quase o bordão do Gutinho e da Ariella, nossos sobrinhos peraltas, que, se pudessem, nos trancafiavam no quarto somente para brincarmos com eles.
O álcool foi um parceiro permanente nesses dez dias em Breves. Logo na minha primeira noite, enquanto Ivna tinha sido raptada pela sua “best” Carol Correa, fui até a casa de minha prima Luciana e, ao lado dela, de tio Preá (Almeida) e tia Oneide Acioli, Junior Portuga, Karen Adriane e Wendel Gama comecei e “bebemorar” a vida. Um dia depois do Natal, tia Rose começou a manhã ouvindo música alta e ligando para que os filhos aparecessem em casa para tomarmos uma cerveja e contar lorotas. Aos poucos, era um tio e/ ou um primo que surgia: Junior Portuga, Zenaide Almeida, Karen Adriane, José Maciel, Diego e Luciana, tio Pança e tio Pelado. Até minha irmã bebeu uma garrafas de uma das Skol mais fortes... Enfim, foi uma farra em família que eu saí de mansinho (porque meu fígado ainda é meio sensível), mas sei que rolou até às três da manhã. E eu quero logo uma reprise.
Meus colegas e amigos da época do Pixurão (nome dado a nossa turma do E. Fundamental do Colégio Santo Agostinho) e eu bem que tentamos, mas nem sempre conseguimos reunir a todos. Tivemos um segundo encontro, com menos pessoas do que a última vez, e novamente na casa do meu amigoirmão Jackson Pastana (um dos pixurões mais palhaços), mas deu para relembrar um pouco dos velhos tempos, e ficamos nisso até às seis e meia da manhã. Na casa da minha amigairmã, Cris Freitas, também fiquei desde o início da noite até as nove e tantas tomando uma cerveja, ouvindo música, comendo churrasco, e conversando com ela e seus pais, tio Jonas e tia Socorro. Quero um “repeat”, também. Outra amiga das antigas que não escapa de mim é Camila Lopes. Fomos comer sushi para festejar o aniversário de Nayara Gama, nossa amiga de infância, mas hoje em dia é com Camila que eu não vejo o tempo correr quando conversamos.

Pode ser em Breves ou em Belém, mas o Sunshine marca o máximo de encontros que puder. Nós fomos torrar o dinheiro (que mal temos) na temakeria "Sushi de Casa" (que tá virando point de Breves justamente porque é um dos poucos estabelecimentos mais sofisticados da cidade), dançamos muito brega no réveillon, mas a nossa festa de verdade foi no último sábado, dia 2, na A3, organizada por um grupo de amigos chamado “Bonde do Koreano”. Cris e Carol foram comigo e Ivna, juntamo-nos com Karine Gemaque e nossos amigos, reencontrei outros, dancei, cantei, bebi e amanhecemos na rua, nos divertindo, como se tivéssemos pressa para viver. Aliás, eu almejava aprender a dançar qualquer gênero que exigisse um par, pois as festas brevenses meio que pedem isso, e o que eu consegui enrolar no brega (ritmo paraense que leigos de fora teimam em chamá-lo de forró) foi graças a minha amiga Nay Amaral, uma das amizades que fortaleci nesse ano de 2015.

Além disso tudo, teve gente que geralmente encontro quando estou em Breves, mas dessa vez não vi nem a sombra, porém eu reencontrei um ou outro que eu não via há um bom tempo. Alexandre Arthur, filho de minha prima Tamilla Almeida, que eu só o vi quando ainda tinha meses de vida, agora já tem dois aninhos e é simplesmente lindo! Tem um sorriso encantador. O mais bonito é que ele não largava meu primo (tio dele) Tyago, e meu tio (avó dele) Maromba. Também tive a chance e a alegria de bater um papo com André Félix, amigo de infância que o tempo, por ser uma verdadeira arte da vida, distanciou e reaproximou. E ainda conheci um primo de sei lá quantos graus, o Ian Gemaque, um garoto de 19 nos que eu tentava, inutilmente, fazer com que se divertisse numa festa de ano novo que só tocava brega e até agora a gente troca mensagens pelo whatsapp. Um primo quase distante que se parece mais comigo do que a maioria dos meus primos legítimos.

"Acho muito bacana esse teu jeito de ser, de levar a vida, sempre leve, com espontaneidade, sem se preocupar com o que as pessoas vão falar. Admiro isso em ti, meu amigo", enalteceu-me Flávio Viegas, meu amigo e namorado de minha prima Karine (Gemaque). E eu digo que só curto a vida do jeito que curto porque estou sempre rodeado de amigos incríveis que contribuem para que ela seja tão leve e espontânea. Afinal, já dizia meu amigo Rodrigo Caetano após muita cerveja na cabeça: "É intensa a vida que a gente vive todo dia".

Agora, entretanto, as férias já acabaram. A rotina está voltando. Já tô com saudades de Breves, mas sei que eu aguento até Julho ;)

Comentários

Victor está para Breves assim como Pallet está para Ash Ketchum hahahahha.
Sempre bom saber mais sobre seus amigos, familiares e farras de Breves.
E dá ainda mais curiosidade para conhecer essa cidade.
Abraço ae

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