Ranking: “5 Canções Pop Contemporâneas Que Me Viciaram”.

Sabe quando você conhece uma música, gosta tanto e a ouve várias e várias vezes? E quando a letra te chama atenção, a melodia te conquista e você fecha os olhos, imagina, pensa que está em outro mundo...? Pois é, eu estou meio assim ultimamente, mas não é apenas com uma canção. São cinco. E todas de artistas pop e relativamente novos, não tão conhecidos assim. Um tempo atrás, meu grande amigo Igor de Oliveira me deu a dica para fazer um texto sobre a nova MPB e me inspirei nessa dica pra criar a postagem de hoje. Aqui vai o novo Ranking: “5 Canções Pop Contemporâneas Que Me Viciaram”.

1: Meu sol – Vanguart[1]. Do álbum “Muito Mais Que Amor”, de 2013, da banda de indie rock Vanguart, “Meu sol” tem uma letra romântica, uma derradeira declaração de amor, porém com uma poesia diferencial. A melodia inicia com acordes do violão e depois entra a voz meio rouca e arrastada de Hélio Flanders, com o acompanhamento do violino ao fundo, e na segunda parte tem um ritmo mais pop. Os versos são condizentes e dão um toque de realidade para qualquer um, como em: “Minha alma/ sabe que viver é se entregar/ sabendo que ninguém pode julgar/ se teve que olhar pra trás ou não”. Assim como também pode ser uma das formas mais belas e poéticas de provar o amor, mesclando a harmonia instrumental nos demais versos. O sol, que representa vida e esperança, é destacado no refrão como o que a pessoa amada significa para o personagem. Vanguart é de Cuiabá, Mato Grosso, e já tem 14 anos de carreira, e você pode ler o conto que produzi de “Enquanto isso, na lanchonete”, da banda ,clicando aqui. “Meu sol” foi tema da novela “Além do Horizonte”, de Rede Globo, em 2013. (Acompanhe a letra aqui)


                    2: Singular – AnaVitória[2]. Ana Caetano e Vitória Falcão formam Anavitória, as donas de “Singular”, num um gênero pop rural, do EP lançado no ano passado. Os violões são mais notados, apesar da presença do baixo, bandolim e bateria e a letra toda se baseia no adjetivo-título da canção, em que é caracterizado como “singular” a relação amorosa entre os dois personagens. A tal singularidade é realçada no cotidiano e nos detalhes mais bobos e mais importantes de um namoro, como nos versos finais, os mais ímpares: “É tão singular/ a habilidade que eu tenho em montar/ um arsenal de clichês pra te encantar/ na intenção de fazer não esquecer/ que eu nunca vou parar de te chutar a noite inteira/ mesmo se você brigar/ eu te enlaço/ e não me permito soltar/ pro nosso 'nós' não deixar de ser assim: tão singular”. A voz das meninas é doce e afinada, resultando numa uma balada meiga, acolhedora, fácil de aprender e principalmente de se grudar da cabeça. É singular. (Acompanhe aletra aqui)


                     3: No seu coração – Aliados[3]. A banda existe desde 2002, mas a canção que me viciou está no álbum “Inoxidável”, de 2014, e se chama “No seu coração”, uma balada pop rock. O que ela tem em comum com as outras é o romantismo e a duração curta demais (‘2, 38). A letra me pegou de jeito desde a primeira vez que a ouvi na rádio, pois tem como temática o medo de se apaixonar e de se envolver seriamente com uma outra pessoa. O personagem-narrador tenta convencer o outro de se soltar desse medo de que nada pode dar certo e aceitar ficar com ele, cedendo aos riscos de uma paixão. O refrão é bem claro e foi o que me deixou pensativo...: “Você me quer e eu te quero também/ mas o medo de errar nos afasta/ fechar os olhos não adianta, eu sei/ então saiba que eu vou estar sempre ali/ no seu coração”. É o tipo de música que não dá pra ouvir só uma vez, tem que ouvir pelo menos duas, sem contar que ela pode te fazer refletir um bocadinho.(Acompanhe a letra aqui)


                4: Amei te ver – Tiago Iorc[4]. – Das cinco, essa é a mais grudenta de todas e o refrão é o culpado, por ser justamente o nome da canção e por se repetir umas cinco vezes: “Eu amei te ver/ eu amei te ver...”. O jovem Tiago Iorc é muito bom no quesito romantismo e já tem 4 CDs no currículo, mas só o último “Troco Likes”, lançado em 2015, tem praticamente todas as faixas em português, nos outros predominavam canções em inglês. “Amei te ver” é outra pop, que é descrição perfeita do que acontece quando vemos aquele certo alguém; com uma letra bem elaborada, sobretudo nos versos antes do refrão final: “O coração dispara/ tropeça, quase para/ me enlaço no teu beijo/ abraço teu desejo// A mão ampara, acalma/ encosta lá na alma/ e o corpo vai sem medo/ descasca teu segredo...”. Enfim, é tudo o que sentimos quando encontramos aquele alguém por quem estamos caidinhos de amores. (Acompanhe a letra clicando aqui)


                  5: Pra você dar o nome – 5 A Seco[5].(Acompanhe a letra clicando aqui) Por fim, uma canção que não é pop, e sim pura fossa, na letra e na melodia. A banda é um quinteto, com sete anos de carreira, toca MPB; e “Pra você dar o nome” está no álbum “Ao Vivo no Auditório Ibirapuera”, de 2011. A melodia tem o lirismo tocante dos violões, do soar sofrido da voz de Pedro Atlério e uma letra que exprime o máximo de saudade que se pode sentir por outra pessoa e o quão é doloroso estar longe dela. A música toda nos esmaga por dentro, mas mesmo assim não consigo parar de ouvi-la e se você está numa sofrência danada, te aconselho a nem dar o play. Porém, sintam só a beleza e a tristeza de “Pra você dar o nome” nestes últimos versos:

“Sempre que der
Mande um sinal de vida de onde estiver dessa vez
Qualquer coisa que faça eu pensar que você está bem
Ou deitada nos braços de um outro qualquer
Que é melhor
Do que sofrer
De saudade de mim como eu tô de você, pode crer
Que essa dor eu não quero pra ninguém no mundo
Imagina só pra você

Quero é te ver
Dando volta no mundo indo atrás de você, sabe o quê
E rezando pra um dia você se encontrar e perceber
Que o que falta em você sou eu”




[1] LINCON, Reginaldo. FLANDERS, HELIO. Meu sol. Muito mais que amor, 2013
[2] CAETANO, Ana Clara. Singular, 2015
[3] GOLZI, Dudu. Aliados. Inoxidável, 2014
[4] IORC, Tiago. Amei te ver. Troco likes. 2014
[5] BRANDILEONE, Tó. Pra você dar o nome. Ao Vivo no Auditório Ibirapuera. 2011.

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