Pessoal: Parabéns, livro, seu lindo! 23/04, Dia Mundial do Livro



Sim, faz tempo, em 2005. Eu era novim
Ontem foi o dia dele! Do cara que eu adoro ter por perto, cheirar, abraçar, beijar, de quem eu tenho ciúmes, me ensina tantas coisas boas, é meu parceiro, me leva pra vários lugares sem sair de casa, não me deixa na mão, me faz sentir todas as emoções possíveis. É, ontem foi o dia dele. Ontem, dia 23 de abril foi o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Vocês pensavam que eu estava falando de quem, hein? Hum. Pois, bem. A minha paixão pelos livros empata com a que tenho pelos CDs e DVDs de música. Como muita gente, me aproximei desse ser fantástico a partir dos gibis da Turma Da Mônica e em seguida, mergulhei no universo bruxo de J. K. Rownling, com a saga de Harry Potter (foto ao lado, de boa no palanque da minha excasa de Breves). Depois avancei para Dan Brown, lendo “Fortaleza Digital”, “O Código da Vinci” e “Anjos e Demônios”, um atrás do outro. Creio que uma das maiores doideras que fiz por um livro foi quando gastei todo o meu humilde salário de estagiário com três livros (todos de biografias musicais), e o pouco que sobrou com um DVD. Porém, tenho amigos que são bem mais leitores que eu e vão nos contar aqui no Outras Palavras suas experiências com a leitura, de um modo geral.

Karine Gemaque, sendo linda
Minha prima e amiga Karine Gemaque (foto ao lado), 21, que ultimamente tem apreciado mais o gênero investigação e policial, teve a Bíblia da Criança como primeiro contato com o mundo dos livros, mas seu primeiro, de fato, foi da série “House of Night”, de P. C. Cast. Ela se empolgou ao ler a sinopse, comprou pela internet, esperou ansiosamente, abriu o pacote e quando ele chegou: “Senti aquele cheirinho de novo, fiquei encantada. Andava com ele pra cima e pra baixo. Acho que terminei de lê-lo em cinco dias. Lia imaginando tudo, cada detalhe. Tu sabes que eu presto atenção nos detalhes... Depois de ‘House Of Night’ não parei mais". Para Karine, a leitura é uma forma de nos tirar de uma realidade que, às vezes, não é tão agradável. “Eu falo que quando eu tiver filhos não vou dar muita modernidade a eles enquanto forem crianças. Quero que se apaixonem pela leitura. Há quem discorde e ache que as crianças devem ser criadas enxergando a realidade das coisas, mas eu não penso assim. O mundo real já é tão ruim. É melhor que elas vivam com um pouco de imaginação”, opinou minha amada prima, que é, vale ressaltar, uma das amigas que mais me incentivam à escrita.

Rafel Lutty, o coiso
Assim como eu, meu amigo Rafael Lutty (foto ao lado), 25, que quem o conhece sabe que ele um devorador de livros, além de conduzir a página "Pseudomático", sobre "livros, filmes, séries e muito café", também iniciou sua proximidade com os livros através das histórias em quadrinhos, até que se deparou com o clássico de Graciliano Ramos. “Eu descobri uma cesta no porão da casa em que eu morava, e nela havia muitos livros e fui vasculhar. Foi quando passei a ler os livros que não fossem de Português ou quadrinhos. O primeiro que eu recordo foi 'Vidas Secas', de G. Ramos”, contou. Lutty, que tem o terror, fantasia e livros-reportagem como seus gêneros favoritos, já fez loucuras por um livro. Uma delas inclui a saga Harry Potter: “Uma vez subornei uma menina na fila de lançamento do livro "Harry Potter e as Relíquias da Morte". Primeiro, porque o exemplar já era caro e ainda tive que pagar mais R$40,00 pra pegar o lugar da garota na frente, pois eu tinha medo de não conseguir comprar”, relembra o ex- livreiro da Fox[1]"Também já aconteceu de eu ter comprado um livro pela internet e não aguentar a espera, aí comprei o livro na livraria mesmo e fiquei com dois exemplares", diverte-se ao lembrar. 

Fernanda Karen, gata e simpática
Falando nisso, para quem tem vontade de compartilhar suas leituras e conhecer novas, uma boa dica é frequentar o P.A Book Club, que foi idealizado pela Bianne Souza e atualmente é mediado pela Fernanda Karen Oliveira (foto ao lado), 25. “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi o primeiro livro que Fernanda Karen leu, mas antes a Turma da Mônica, também, veio para estrear a sua relação com a leitura, e mais tarde, “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, até que conheceu romances fantásticos, como “Crepúsculo”, de Sthephenie Meyer. Na opinião de Fernanda, toda forma de arte é transformadora: “E a leitura, como minha arte favorita, significa isso: poder transformador. Pense nas várias perspectivas que somos apresentados pelos diversos personagens que conhecemos. A leitura pode despertar simpatia e o mais importante, empatia. Minha personalidade foi desenhada nesse ponto de vista”[2].



Renan Medeiros, o Coruja
Novamente, a Turma da Mônica foi uma das primeiras leituras de um leitor voraz. Dessa vez, de Renan Medeiros (O Coruja), 25, que além de leitor, também produz contos e crônicas, e escreveu o livro de contos “O Lado Oculto do Marajó", e também é meu conterrâneo (brevense). A mãe dele tinha livros de bolso, sendo grande maioria de faroeste e policial e quando ela vinha pra cá (Belém), trazia HQs dos personagens de Maurício de Souza e de heróis estadunidenses da Marvel. “A leitura representa a liberdade e a incessante busca pelo conhecimento. A literatura vai além de contar uma história, ela disseca a alma humana e seus conflitos, e assim conseguimos nos conhecemos melhor e entender o outro com mais qualidade”, dissertou Renan. As grandes aventuras e os mistérios ocultos do mundo o fascinam, por isso o amor pela mitologia grega e daí adotou “Coruja” como pseudônimo e símbolo. Renan também é um dos amigos com quem muito eu aprendo e muito me incentiva. Tô bem, né?



Bira Pop, o poeta
Outro brevense, e também escritor e poeta, é Ubiraci Conceição, o Bira, autor do livro “Sonhos”, que desde os 12 anos gosta de literatura de cordel, de Lampeão e Maria Bonita, Pavão Misterioso e os gibis da época, como Pato Donald, Tio Patinhas, Zorro, e outros. Ao se tratar de poesia, Bira prefere as rimadas, mas depois que conheceu Marluce Moraes (Dama Negra, também de Breves), com seus versos livres, passou a gostar desse tipo de poemas e já tem arriscado a compor alguns desse gênero. Ele não tem um livro ou gênero favorito, mas, para ele, o livro “Lembro como se fosse amanhã”, de João Marcelino, é sensacional. A maior loucura que já fez por um livro envolve um de sua autoria. “Eu corri atrás de um cordel que fiz em 1971, 'A Mesa Quebrada'. Eu não guardei um exemplar, pois na época eu não levava muito a sério. Eu escrevia os cordéis e distribuía aos amigos. Nessa corrida, encontrei um amigo que guardava com muito carinho o meu cordelzinho”.

                  Comprem, façam download, emprestem, troquem, doem, mas leiam e espalhem leitura, compartilhem conhecimento. Eu sei que muita gente tem ciúmes dos livros, assim como eu, mas aprendi que livro parado na estante não faz grandes coisas. Emprestem (mas saibam para está quem emprestando para poder cobrar depois), o livro merece e o leitor também. Pra encerrar essa homenagem ao Dia Mundial do Livro, cito um trecho da música "Mensagem de amor" do Herbert Vianna: 

"Os livros na estante já não tem mais tanta importância/ do muito que eu li/ do pouco que eu sei/  nada me resta". 
O personagem da canção diz isso porque tá apaixonado (own), mas ele sabe que o nosso conhecimento é a nossa maior riqueza. E só o que resta é ler mais e mais. E se você não tiver grana, que nem eu, empreste ou vá na Feira de Venda e Troca de Livros, que haverá em junho, lá são bem em conta. Mas leiam, seus lindos! Ler faz bem à saúde!









[1] Acesse o site do Lutty: http://pseudomatico.com.br/contato/
[2] Acesse aqui a página para o PA Book Club: https://www.facebook.com/groups/355165037866797/?fref=ts
Acesse também o site http://www.garotapaidegua.com.br/, escrito por Fernanda Karen e outros fanáticos por livros.
[3] Compre aqui o livro “O Lado Oculto do Marajó”, de Renan Medeiros, o Coruja. https://clubedeautores.com.br/book/198400--O_Lado_Oculto_do_Marajo?topic=ficcao#.VxzsRfkrLIU

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