Curiosidades: A canções tocadas na série How I Met Your Mother (1)

Agora sim. A Netflix pode retirar a série How I met your mother (HIMYM/ 2005-20114), do seu catálogo porque eu cheguei ao fim das nove temporadas - e chorando feito um besta nas últimas cenas, mesmo já sabendo do final. Não vou gastar minhas linhas explicando a vocês que ela narra a história de cinco amigos que passavam a maior parte do tempo tomando umas num bar, compartilhando casos amorosamente bizarros, em que Ted Mosby (Josh Radnor) conta aos filhos adolescentes como conheceu a mãe deles, do modo mais detalhista possível para durar 208 episódios. Algumas músicas de fundo me furtaram a concentração mais que o próprio enredo. E agora, três canções que tocaram na série serão relembradas neste texto, gatíssimos.
A primeira canção é This Modern Love, da banda britânica indie Bloc Party, que tocou no finzinho do Come On, o último episódio da primeira temporada de HIMYM. Nele, Ted, por debaixo da chuva grita para que Robin Scherbatsky (Cobie Smulders) desça de seu apartamento e sele o romance dos dois. Depois do beijo apaixonado, Ted vai ao apartamento de Marshall Eriksen (Jason Sagel), seu melhor amigo – o outro melhor amigo era o safado Barney Stinson (Neil Patrick Harris), para contar do namoro com Robin, mas se surpreende ao ver a aliança fora do dedo dele: sua noiva Lily Aldrin (Alyson Hanningan) o deixou. This Modern Love tá no Silent Arm, primeiro álbum da Bloc Party, de 2005, com uma pegada de acordes crescentes, de início quase sussurrado, frases e batidas rápidas, um pop que sarra uma nostalgia que talvez você nem saiba da existência. Uma letra em que o personagem exige mais da pessoa amada e admite não estar acostumado com o amor moderno deles. Em HIMYM, ela tocou em instrumental, mas a versão original é longa e dinâmica, e te faz seguir com a mesma energia até o último segundo.




Ted, me arrisco a dizer, é o personagem mais romântico e mais besta das séries. No 13º episódio da 3ª temporada, ele fez quase um milagre: como Stella (Sarah Chalke) tinha apenas 2 minutos de tempo livre, Ted a chamou para um encontro que durou apenas 2 exatos minutos. O encontro mais rápido e mais bonito que se poderia oferecer teve a Thirteen, da banda estadunidense Big Star, no #1 Record, o primeiro álbum, de 1972. Big Star sofreu algumas reformulações e seu último disco foi em 2005. Thirteen, composta por Alex Chiltone e Chris Bell, começa com acordes de violão, prosseguindo tristemente, com os vocais que lembram um estilo country, uma balada folk pop acústica com um solo que arranha a ferida. Além de HIMYM, Thirteen faz parte da trilha do longa-metragem Handsome Davil, de 2016; em um capítulo da primeira temporada de Gilmore Girls e em várias cenas da série That ´70s Show. Assista a cena em que ela toca em HIMYM e você vai sentir uma esperança no romantismo, ainda que seja na ficção.





Hey, beautiful é marca registrada de HIMYM por ter sido a música de abertura da série. Com rolagem de fotos dos personagens, ela dura apenas 12 segundos, ao som de Ba ba ba ba..., como a do Esperte Espetacular, da Rede Globo. Mas, na verdade, é uma canção pop, de melodia elétrica, a presença firme da guitarra e da bateria, de soadas fortes de baquetas no meio da canção. Hey, beautiful, de frases aleatórias sobre uma personagem feminina, é da banda The Solids, com Carter Bays, Craig Thomas, Patric Butler e CC Dephil. Os dois primeiros eram, também, os criadores do sitcom. A banda surgiu em 1996, lançou um único álbum, em 2008, e até hoje continuam em atividades. HIMYM, no entanto, não foi a única que levou uma canção da The Solids para a abertura. The future is now, gravada pelos criadores da série, foi para o programa Oliver Beene, também da Fox. Hey, beautiful é um pop moderno, elétrico, e o ba ba ba ba... finaliza a canção. Até que chegue ao fim, a ansiedade é imensa, como se você fosse assistir a mais um episódio e ouvir um Kids...


Comentários

Para alguém q nunca assistiu nada de How I met Your Mother, o texto foi bem didático e informativo. Que bom saber q a trilha sonora é boa.
A série não me chamou mt a atenção, confesso. Mas algum dia vou dar uma chance.
Adoro seus textos pq sempre conheço músicas novas pra acrescentar ao acervo! hahaha.

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