Desabafo: Preconceito.

               Há várias coisas que eu não tolero. Uma delas é a intolerância. Preconceito. Você pode até ser impaciente, mal educado, fofoqueiro, mas não seja preconceituoso. Não faça piadas de mau gosto com o cara só porque ele é gordinho, não obrigue mãe de santo a quebrar imagens de um terreiro só porque você não aceita a religião do outro, não faça blogs ou/ e-mail com conteúdo racista e ameaças de morte só porque você não entende que a cor de pele não muda em nada, não rejeite o autista, surdo ou portador de síndrome de down só porque ele é mais interessante que você, não trate homossexualidade como doença só porque você acha que gays são inferiores a você. 
                O simples fato de você ter algum preconceito e agir como um preconceituoso você já se torna inferior a qualquer um. Não pense que tomando atitudes nojentas assim fará de você uma pessoa com credibilidade, referência ou inteligência. Pense somente no caráter. Isso sim é relevante. Aquele que concorda com as suas atitudes preconceituosas é tão nojento quanto você. E quem não concorda, tem pena. Mas também se preocupa. Porque nós que somos gays/ negros/ pobres/ candomblecistas/ deficientes físicos, mentais (embora eu não concorde com o termo “deficiente”) temos/ teremos filhos e sobrinhos, e não queremos que eles sejam contaminados pela doença que você tem, a do preconceito. Você sim precisa de uma cura. E há tratamento. Para o preconceito há tratamento. Basta você ouvir, sentir e viver mais. Precisa de mais abraços, sorrisos, sexo e amor. Precisa saber que o diferente é semelhante. 
                   Você, preconceituoso, precisa de cura. Eu não. O que eu sinto não é doença. O que eu sou não é doença. O que eu sou? Haha. Adivinha!