Curiosidades: As Homenagens de Família Nas Canções Pop Brasileiras (01)

Hey, gatíssimos! Vocês já devem ter lido aqui no Outras Palavras o que escrevo para homenagear meus familiares e para meu afilhado Max Luis. Já fiz poemas, a coluna Bate Papo com o Max e o #naminhafamília. Porém, não sou o único a dedicar prosas e versos aos parentes. No meio musical isso é bem comum, sabiam?

No ano passado, a cantora paranaense Ana Vilela estreou com o hit Trem Bala. Em agosto, lançou Promete, homenageando Pedro, o priminho de dois anos. Ele é filho do tio e sócio dela. É o primeiro primo que ela está podendo acompanhar o crescimento, como explicou para a revista Crescer. "Essa (música) tocou não só as mães, mas também os pais, avós, irmãos mais velhos... Todos que convivem com criança pequena se sente abraçado por essa música". Em Promete, a personagem pede ao pequeno que cuide bem dos seus cachinhos, o sorriso radiante sempre que pensar nela e lembra quando Pedro chegou ao mundo sorrindo aos poucos quando ouvia a minha voz. Eu caduco com meu sobrinho e ela com o priminho. Assista o clipe (ao lado) e se prepare, porque o vídeo é comovente e Promete só não é mais bonita que o sorriso de uma criança. 

           Com três álbuns, Vitor Kley, de Porto Alegre, lançou no mais recente EP, de 2006, a canção Farol. Os trabalhos são um pop romântico e/ ou de conteúdo com ideias positivas, mas Farol tem um diferencial. No clipe (ao lado), o cantor toca a canção no violão para o pai, seu Ivan. No final, Vitor não segura a emoção e o declara todo o amor. Seu Ivan está com depressão e a simplicidade da letra e da melodia trouxe um sentido maior para ele. "Não tinha escrito a música necessariamente para o meu pai, mas virou uma injeção de ânimo para ele. Na hora do videoclipe, eu quis cantar para mostrar a importância do meu pai na minha vida e a falta que ele faz para mim e para a minha família", contou o músico em entrevista à revista Contigo!, em agosto de 2017. Farol tem uma letra curta, porém com uma carga emocional fortíssima, que lagrima a alma mais fria ao ouvi-la e uma vontade de ouvi-la repetidas vezes. 

           Pra encerrar, um clássico! Quando Cazuza morreu, em 1990, Lucinha Araújo, a mãe do cantor, pediu à Dona Maria que lhe desse um poema que ele havia criado aos 17 anos. Ela era a avó paterna dele, e a mais próxima. Porém, se negou a dar à Lucinha, argumentando que o poema era dela. Feito pra ela. A mãe do artista ficou magoada, mas aceitou. Quando Dona Maria faleceu, Lucinha recebeu das cunhadas tudo o que a mãe tinha engavetado sobre o neto, incluindo o poema dedicado a ela. Lucinha achou lindo e queria musicá-lo. Entregou ao Frejat, maior parceiro de Caju. Ele compôs a melodia e sugeriu que Ney Matogrosso a gravasse. "A canção foi batizada de Poema (Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempovídeo do áudio ao lado). É engraçado que muitos fãs pensem se tratar de uma música que Cazuza teria feito para alguém que namorou", mas não. Foi para a avó paterna, que tanto amou, como narrou Lucinha, no livro O tempo não para - Viva Cazuza, de 2011. Poema se tornou um dos sucessos de Ney Matogrosso, no Olhos de Farol, de 1999; também na novela Sangue Bom, de 2013. Uma belíssima canção, uma belíssima homenagem. Se me permitem dizer, uma das mais brilhantes obras de Caju, Frejat e Ney.
         A família é nossa fonte de inspiração (ou não), seus lindos! E a minha inspiração tem sido o ótimo feedback que recebo com o blog e o livro Inseparáveis. Graças a vocês, leitores, o Outras Palavras está alcançando 100 mil acessos! Quando isso acontecer, vou gravar um vídeo pra comemorar e agradecer. Será num estilo tag: deixem nos comentários do blog ou do facebook todas as dúvidas/ curiosidades que você têm quanto aos meus contos, poemas, resenhas, livro, enfim, tudo o que eu escrevo. Vou responder no vídeo de 100 mil! Agora, se você gostou do texto, não esqueça de deixar o comentário aqui ou no facebook e divulgar. Tá, okay, gatíssimos? 
              Agora, bora ser feliz!


Referências:


https://www.letras.mus.br/vitor-kley/farol/
http://revistacrescer.globo.com/Diversao/Musica/noticia/2017/08/apos-trem-bala-ana-vilela-lanca-single-promete-sobre-amor-crianca.html
ARAÚJO, Lucinha. O tempo não para: Viva Cazuza/ Lucinha Araújo; depoimentos à Chrostina Moreira da Costa; colaboração de Maria Lúcia Rangel, São Paulo; Globo, 2011.     





Comentários

Unknown disse…
Como sempre, amei.
Vc é meu escritor favorito.
Ouvi as músicas e me reportei no tempo.
Seus escritos tem o dom de fazer isso comigo.
Bj
Iranise disse…
Amei tb mano, nem sabia que o Cazuza tinha escrito o poema pra avó!
Vanessa disse…
Ahh....fala de família e música é tocar em mim né?! Hehe. Como sempre sabendo se expressar meu querido ótimas palavras,ótimas escolhas . Todo sucesso sempre para você meu amigo 😘
Aline Madeira Marques Saraiva disse…
Amigo que lindo!
Eu e o bebê amamoa. 💓
Obrigada por sempre trazer coisas novas e deliciosas de ler ou ouvir. Bjs
Sucesso sempre. 😘💓🤗
Aline Saraiva

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