Crônica: Aniversário/ sala de aula

 

Quem me conhece, sabe que eu não gosto de comemorar meu aniversário: reunir familiares e amigos (ainda mais se forem de núcleos variados) me deixa nervoso; não curto fazer a social. Mas pouca gente sabe que eu me sinto melhor se o dia 29/11 for produtivo, ou seja, se eu estiver estudando/ trabalhando. Ficar em casa nessa data torna o dia mais comum do que já é. No ano passado, tive várias festinhas (de despedida) em sala de aula antes da referida data. Em 2023, no entanto, eu mal trabalhei em novembro, infelizmente.

No primeiro semestre de 2023, tive uma experiência como professor de Redação/ Literatura para concurso público no ESA; um público bem diferente do ensino técnico, o qual eu tô habituado. Foi a fase mais desafiadora como docente. Eu, de fato, ensinei e aprendi enquanto ensinava; cobrava-me em entregar o melhor, mesmo com pouca experiência nesse segmento. Eu tentava aulas diferentes, mais práticas e acho que, no fim, deu certo. Ainda tenho contato com dois ex-alunos e, pelo feedback deles, não fui tão mal assim.

Na Esamaztec, tive turmas que me deram dor de cabeça e conseguiram... me estressar. Tu acreditas que conseguiram me estressar? Eu dei um sermão valeeendo em duas aulas numa única turma e na própria cerimônia do jaleco! Porém, houve aquelas que se conectaram com a disciplina, havia interesse e dedicação. Tinha turma, sobretudo as da noite, que eu tinha vontade de colocar no colo de tanta sincronia que existia entre a gente. Muito orgulhoso! Eu chegava em casa cansado, mas sem sono; ainda permanecia elétrico de tão satisfeito. A sala de aula é o meu lugar favorito, é quando mais me sinto completo, é nela que me desafio e mais me sinto confortável. Só não é tão bom quanto tá com o Max; fora isso, lecionar é a minha melhor parte.

Alunos da ENF.NA23 na festinha surpresa.
           

E no dia 1º de dezembro, tive uma baita surpresa: alunos de uma turma de enfermagem da noite, a ENFNA23, preparam uma festinha pra mim: bolo, pizza, docinhos, refrigerante... e ainda ganhei um presentão da aluna Márcia Cristina, haha! Sabe o que é o mais curioso? Eu nem sou mais professor deles! A disciplina se encerrou em abril! Eles, ainda assim, deram um jeito de me homenagear. No dia 29/11 recebi mensagens de muitos estudantes e na sexta-feira mais deles demonstraram lembrar de mim.

“Expressando o que vc se tornou pra todos nós  Tentamos retribuir um pouco daquilo nos ensinou. E ainda não é o suficiente diante de grandes ensinamentos. Tornou-se uma referência  Parabéns, professor V.V”, parabenizou a aluna Andreza Rodrigues, em uma postagem com as fotos da festinha de sexta-feira. Deu pra entender por que sou tão realizado como professor? Eu, que nunca fui de acreditar no meu potencial, em nada, percebo que faço o diferencial na vida de quem eu realmente pretendia quando me formei: dos meus alunos.

Eu tava comemorando meu aniversário desde sábado, de forma fragmentada com alguns amigos. No dia 29/11 reuni família e família: as pessoas mais próximas, de maior convivência, e ontem a ENFNA23 encerrou do jeito que eu precisava. Pois bem, são 34 anos: 11 sendo tio/padrinho do carinha mais incrível de todos, o Max; 4 sendo professor, a profissão que explana o melhor de mim, e há 13 escrevendo aqui no blog, me considerando escritor. E o mais interessante: 34 anos, com uma energia de um garoto e a cara de 20 e poucos anos. Só pra quem pode, né, gatíssimos?

O prof. V.V bem pleno e feliz =)

 

Comentários

Cris Freitas disse…
Que coisa mais linda! Parabéns, professor Victor Victório! Você merece todas as homenagens carinhosas e acolhedoras dos seus alunos (a), não só pelo profissional, mas também, pelo ser humano incrível que és.

Um abraço da tua mana! Até breve. 😘💜🌻

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