Matéria: Um passo a frente contra a homofobia

O professor Glécio Siqueira moveu
ação por danos morais contra aluno
Cristiano Costa Maia, estudante da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão a pagar R$ 7 mil por danos morais por praticar homofobia contra o professor doutor Glécio Machado Siqueira, 37, de ciências agrárias e ambientais, no município de Chapadinha (a 246km de São Luís). De acordo com o professor, os atos homofóbicos começaram logo no início do ano letivo de 2014 e persistiram por meses, e se tornou motivo de constrangimento dentro e fora do campo profissional, segundo uma reportagem retirada do site da UOL, do último dia 22. Isso significa que, pelo menos agora, se fez justiça e o preconceito perdeu uma batalha. Mas ainda está longe de vencer a guerra, pois o que os homossexuais enfrentam de rejeição todos os dias não cabe dizer em uma única postagem.
Infelizmente ainda há àqueles que temem em destilar seu veneno contra os homo/ bi/ lésbicas ou transexuais que seguem em paz sem dar bedelho na vida de ninguém. A intolerância ainda persiste. No entanto, persiste, também, a luta pra vencer esse preconceito. Em uma canção composta (junto com Cristhian Oyes) e gravada por Zélia Duncan é possível atentar para esse otimismo sobre a luta contra o julgamento dessas pessoas de mente fechada que se acham os donos da verdade. “Imorais” (1999, “Acesso”, faixa 06) representa toda discriminação que os homossexuais sofrem, mas sem perder a esperança de que isso um dia irá acabar. E que todas essas pessoas que se definem “morais” unicamente por se sentirem atraídas por pessoas do sexo oposto irão sofrer as consequências.
A letra de “Imorais” é na terceira pessoa do plural e já aborda no início sobre o preconceito que os homossexuais sofrem, como: “Os imorais/ falam de nós/ do nosso gosto/ do nosso encontro/ da nossa voz”. Muitos se incomodam simplesmente por presenciarem dois homens ou duas mulheres se beijando, pelos trejeitos ou pela voz afeminada (ou não) de outros. Esses imorais “se chocam”, também, “pelo nosso brilho/ nosso estilo/ nossos lençóis”, ou seja, rejeitam não só o sexo, mas a maneira de como eles se vestem e até a própria personalidade, a maneira de ser. Porém, o pior tipo desses imorais, como exemplifica um verso da letra, são os hipócritas, que “fingiram média/ fizeram trégua/ venderam paz”. Quem nunca ouviu um “Eu não tenho preconceito, desde que o gay não seja o meu filho”? ou "Não tenho nada contra os gays, mas não acho legal ver cenas de beijo entre eles na TV"? Pois é, e o indivíduo ainda diz que não é preconceituoso e que ele sim preza pela moral e os bons costumes. Oh gente lesa...
Também não serei hipócrita em dizer que não tenho discriminação com algumas coisas. Todos nós temos algumas gotículas de preconceito no nosso sangue. Ninguém é puro, muito menos perfeito. Mas isso não é justificativa para que as pessoas não aceitem ou não respeitem o gosto, a história, a atração sexual, a religião, a raça, enfim, a individualidade do próximo. Para que se deixe de ser homofóbico ou de ter qualquer outro tipo de preconceito, depende somente da própria pessoa. Depende somente de cada um para que a atitude discriminatória chegue ao fim. "É preciso lutar contra os crimes de ódio, porque senão este tipo de violência apenas aumenta. Exerci com civilidade meu direito de ser respeitado e buscar justiça. Espero que esta sentença, mesmo que preliminar, sirva para a construção de uma sociedade igualitária, com valores e com respeito à cidadania", ressaltou o professor Glécio Siqueira, que moveu ação contra aluno por homofobia.
Enfim, o que ele quer dizer é que, como define muito bem a música interpretada por Zélia Duncan, “um dia, eu sei/ a casa cai/ e então/ a moral da história/ vai estar sempre na glória/ de fazermos o que nos satisfaz”.

Textos eletrônicos:
http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/05/22/aluno-da-ufma-e-condenado-a-pagar-r-7-mil-a-professor-vitima-de-homofobia.htm
http://letras.mus.br/zelia-duncan/120050/

Comentários

Todo mundo tem o direito de ser quem é.
Piores são as pessoas que cultivam preconceito contra si mesmas, como se o preconceito da sociedade já não fosse suficiente. Gays, Gordos, Magros, Baixinhos, Pescoçudos... Devemos aceitar-nos como somos, modificando o que é ruim (obesidade, maus hábitos) e valorizando o que não pode ser mudado e nos torna únicos, especiais.
Sua postagem é um pequeno, porém importante passo para conscientizar as pessoas e construir, pouco a pouco, um mundo melhor.
Defesa Hétero disse…
Seja prudente! Estamos acompanhando este caso de perto de uma semana para cá e já temos provas suficientes mostrando tratar-se de um conluio do ATIVISMO GAY. Aguarde mais alguns dias e verás!

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