Pessoal: Parceiros de infância (parte 1)

O dia das crianças já passou, foi no último dia 12. Mas a minha fase infantil ainda permanece, mesmo com os meus 25 anos de idade. Isso não deixa de ser bom, pois mostra que eu tive uma infância feliz e regada de opções para me divertir, sobretudo no quesito televisivo. Séries, filmes e desenhos animados dos anos 90 nos faziam companhia na maior parte do tempo, e hoje em dia quando assistimos a alguns deles bate uma sensação nostálgica e percebemos que fomos felizes e não sabíamos. Ou melhor, sabíamos sim. Algumas séries e desenhos animados ainda são reprisados em canais por assinatura ou até mesmo em programas de tv aberta. Outros ficam só na saudade.

    Boa parte da minha infância teve a Disney como parceira. A série americana “Família Dinossauro”, de 1991-1994, é um exemplo. A família Silva Sauro tinha Dino como o chefe de família, com sua mulher, a dona de casa Fran; seus filhos adolescentes, o playboy Bobby; a patricinha Charlene e o pequeno Baby, que era meu personagem favorito, com sua célebre frase “Não é a mamãe. Não é a mamãe!”. O programa mostrava a vida dos dinossauros como se fosse a dos seres humanos, uma sátira da sociedade e dos costumes da classe média americana daquele período. Aqui no Brasil, ele já foi transmitido pela rede Globo, SBT, Bandeirantes e atualmente pelo Viva, canal pago da Globosat. Eu era tão fã, que minha festa de aniversário de 3 anos teve “A Família Dinossauro” como tema e eu tinha um bolachão, o disco de vinil, da série, o “Babymania”, porém as únicas músicas que lembro são as cantadas pelo Baby: “Dança do Baby” e “Precisa me amar”, a qual o personagem conta da sua vida de criança. Oh coisa boa!
     “Castelo Rá-tim-bum”, série exibida originalmente pela TV Cultura em 1994-1997, também era minha parceira na infância. O personagem principal, para quem tem a infelicidade de não conhecer, era Nino, interpretado por Cássio Scapin, um garoto de 300 anos, mas com corpo de adulto, que mora em um castelo nada normal com seus tios feiticeiros Morgana (Rosi Campos) e Dr. Victor (Sérgio Mamberti). Seus melhores amigos eram Zequinha (Freddy Allan), Pedro (Luciano Amaral) e Biba (Cinthya Raquel), e esses sim eram crianças de verdade, já que não eram feiticeiros (J. K. Rowling os chamariam de “trouxas”). O programa tinha um cunho de entretenimento com educação através de personagens nada comuns, como “Fura-Bolos”, os fantoches de dedos que cantavam musiquinhas que nos ajudavam a entender Matemática; um ratinho higiênico que gostava de tomar banho, escovar dentes e jogar lixo na lixeira; Telekid, interpretado pelo Marcelo Tas, tirava as dúvidas do Zequinha sobre as coisas que toda criança não compreendia; Celeste, uma cobra falante rosa muito fina e educada; o Gato Pintado, vivia na biblioteca e recitava poemas para as crianças. Eram muitos personagens indizíveis, que nos ensinaram de tudo um pouco, com arte, jogos, brincadeiras, fantasia e diversão. Como um fã e uma mãe que me dava de tudo, eu tinha o CD com a trilha sonora e um boneco do Nino. Valeu aí, TV Cultura!

            “Hora de morfar!” era a frase da hora para quem assistia “Power Rangers”. “Mighty Morphin Power Rangers”, de 1993 até os dias de hoje, foi a primeira temporada da série em que os protagonistas eram um grupo de super-heróis que combatiam as vilanias de Rita Repulsa, uma feiticeira que morava no espaço, com dois enormes chifres e uma risada demais esquisita. Os jovens quando ativavam seus poderes, ou seja, quando morfavam, usavam roupas coloridas (vermelho, amarelo, azul, preto, verde e rosa), uma arma do poder pra cada um (machado para o ranger preto, adaga para a amarela, arco para a rosa, lança para o azul, espada para o vermelho, enquanto o verde possuía uma flauta), um zord pra cada, que ao se juntarem se transformavam no megazord (um tipo de dinossauro gigante em forma de robô que enfrentava os monstros comandados pela Rita; a intenção era de salvar a cidade, porém com as lutas eles detonavam vários prédios e casas e ainda assim ficava tudo de boa). Ao mesmo tempo que eles eram fodas, eram bizarros também. Afinal, o líder deles era Zordon, uma cabeça flutuante de um mago, que ficava num cubo enorme dentro do “Centro de comando” e seu ajudante Alpha-5, o robozinho lesado que vivia dizendo “Ai ai ai ai ai, rangers” e quando os heróis eram atacados pelos violões, não saía sangue do corpo deles, mas faíscas e eles caíam no chão quase que em câmera lenta. Eu gostava de todos os rangers, mas o meu favorito era o azul e, claro, outro aniversário meu teve temática dos Power Rangers, com os bonequinhos de borracha de cada um deles em cima do bolo. 
Eu sei, uma semana de atraso para postar algo sobre o Dia dos Pirralhos, no entanto somente agora a danada da inspiração resolveu aparecer. Outras duas postagens abordando filmes e desenhos animados dos anos 90 virão no blog, mas apenas em novembro, mês de aniversário do blogueiro aqui.  E um ótimo fim de semana a todos :)

Comentários

Unknown disse…
Muito nostálgico :')
Chorei litros
Nay Amaral disse…
Muito bom 👏🏽👏🏽
Ia comentar contigo hoje mesmo que nunca mais tinhas publicado nada aqui no Outras Palavras.
E escrever sobre o Dia das Crianças comentando sobre essas coisas tão importantes na nossa infância foi uma sacada ótima!
Família Dinossauro, Castelo Rá-Tim-Bum e Power Rangers foram partes muito preciosas dos meus dias de criança, e seu texto conseguiu evocar muito bem em minha lembrança essas memórias saudosas. E como não lembrar tbm da TV Colosso, do Disney Cruj, Pokémon, Bom dia e cia, enfim... É como vc falou, foram tantas coisas boas que não dava pra escrever numa só postagem!
Obrigado pela postagem tão gostosa de ler, tenho certeza que todos os seus leitores e fãs adoraram.
Keep up the good work!
Abração o/

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