Poemas: Centro/ Amparo/ Discreto













Centro

Por aqui me sinto inseguro
Perceba no meu andar
Nos meus olhos vejo vultos
É fácil de me assustar.

A gentileza está presente
Pelas ruas que vagueio
Um instinto cordialmente
Nessas esquinas me reconheço.

Mas se o volante te dirige
A educação logo se perde
Ninguém ainda se permite
A calmaria todos esquecem.

O ar impuro nos sufoca
Ferve de sujeira
Nos pulmões nos incomoda
A educação é passageira.

Pelas ruas há entulhos
O ego de mil cabeças
Num dia de muito barulho
O silêncio me desconcentra.

Mas ainda vive a beleza
Pelos verdes da cidade
Nos altos da natureza
Nos fere a humanidade.

A esperança é o que nos resta
A oração das luzes de outubro
Não há nada o que nos impeça
De refazer um mundo mais justo.

Victor Victório.
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Amparo

O que vier a te ferir
Inundar as tuas lágrimas
Te bombear até cair
E soterrar as tuas estradas.

Eu usarei os meus braços
Pra estrangular o teu aperto
Te juntarei os pedaços
E te protegerei de qualquer jeito.

Vou furtar a tua tristeza
Te apoiar no meu sorriso
E atirar na correnteza
O que faz teu dia difícil.

Não se enjoe de viver
Nos derrame a tua força
Eu já esbarrei em você
E será pra vida toda.

Victor Victório.
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Discreto

Eu posso te admirar em segredo
Não vá se ofender
Espere de mim o respeito
Eu sei me conter.

Te olhar de longe não fará mal
Eu vou ser discreto
Quando eu quero sei ser natural
Um garoto quieto.

Pra te tocar sem que você me sinta
Te desejar numa ingênua malícia
Quero ser teu companheiro inocente
Ver mais de perto teu rosto contente.

Victor Victório

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Comentários

Anônimo disse…
Dignos de aplausos mil..! Você brinca com as palavras meu caro, quero um livro seu só com seus poemas... A arte de desenvolver uma escrita tão rica e ao mesmo tempo tão simples, não é para todos. Hoje, todos os poemas me tocaram o coração... Obrigada! Cris Freitas.
Parabéns mano. O bicho da poesia te pegou de jeito

Não somos nós que escolhemos as palavras
Elas simplesmente resolvem aparecer
E na vibração um tanto espiritual
O poema se propõe a acontecer
O poeta é a apenas um oportunista
Que tece com linhas de sentimentalidades
Dando a palavra um sentindo de ser
Aprisionando o poeta a cada verso escrito
Pois quanto mais o poeta é poema
Mais ele liberta o espirito.

Escreva, escreva e escreva! Quanto mais te aprisionarás nas palavras mais emancipará teu espirito.
Como a queridíssima Cris já comentou, vc brinca com as palavras de forma leve, despretensiosa e extremamente talentosa.
Meu preferido foi esse último, Discreto.
Meu lembrou a música Beijo Roubado em Segredo, da trilha sonora de Hoje eu Quero Voltar Sozinho.
"E com um beijo roubado em segredo/ Saberás que te admiro"

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