Poema: Sala de aula



Os dias aqui nem sempre são serenos
A sala de aula, às vezes, nos conforta
Outras, sem querer, nos descontrola
Pena que nem tudo nós entendemos.

Há dias em que o relógio não nos ajuda
Ele se prolonga e os segundos trazem a agonia
O clima nem sempre é de muita harmonia
E minha cabeça esfumaça de tão confusa.

Há dias em que tudo é bem tranquilo
O tempo voa livre, avança com rapidez
Mas isso, óbvio, não ocorre toda vez
E quando quer, o tempo se finge de amigo.

O tempo, contudo, não pode ser o culpado
É o ensinamento que, em alguns casos, nos põe num labirinto
Que nos limita, e isso é quase um castigo
É uma luta pra não ficar desmotivado.

Cada professor tem a sua maneira de ensinar
Tem o prático, o flexível e o mais didático
E há o monótono, com o semblante fechado
Mas ainda virão outros, e só o que eu quero é me formar.

Esses versos agora vão ficando por aqui
Porque ao contrário deles, o estudo não tem fim.

V. Victório 

Comentários

Uma poesia singela e bela, que retrata com simplicidade e leveza uma cena universitária típica, conferindo um brilho especial a um dia comum de estudo.
O tempo realmente é multifacetado, mas afinal todos nós também o somos, não? Muito interessante sua reflexão.
Aguardando os próximos poemas desse grande amigo, estudante, escritor, jornalista e, também, poeta.

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